Corrida da descarbonização: agora nas pistas de automobilismo
A escalada da descarbonização no mundo tem impactado de modo preponderante o setor automotivo, onde tanto a propulsão quanto a matéria prima e processos utilizados para a fabricação dos veículos estão sendo reinventados.
Neste contexto, o impacto climático tem sido um desafio para o esporte: como sustentar o automobilismo neste cenário?
Por se tratar de uma prática de entretenimento que acarreta emissão de CO2, as competições automobilísticas entraram em declínio nos últimos tempos. Porém, ao levarmos em consideração que as pistas de corrida funcionam como grandes laboratórios onde frequentemente surgem inovações para a mobilidade do dia-a-dia, é possível visualizar uma janela para a continuidade deste esporte.
Diversas categorias iniciaram as apostas para alcançar a sustentabilidade através de inovação tecnológica e estratégias que adaptam a competição ao compromisso ambiental. Soluções como combustível feito a partir de resíduos biológicos, reciclagem de rejeitos plásticos, além de aperfeiçoamento do automobilismo a partir da eletrificação – como a otimização de baterias para uma recarga ultrarrápida e a criação de postos de recarga movido a hidrogênio.
As metas estipuladas pela Fórmula 1, Fórmula E, Extreme E e Rally dos Sertões definem práticas verdes dentro e fora das pistas, incluindo toda a cadeia logística e de eventos, através do uso de fontes de energia limpa, promovendo o uso de copos e talheres mais sustentáveis e realizando uma melhor gestão de resíduos – desde as garrafas de água, até o óleo dos motores.
O reaquecimento deste esporte dá largada à inovação do setor automobilístico e aumenta os atrativos para as montadoras a partir de um cenário tecnológico mais promissor.
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