Escalada energética: um esforço que vale a pena

A escalada global rumo à eletrificação dos meios de transporte depende de diversos fatores: tecnologia e recursos disponíveis, infraestrutura compatível, poder de compra de empresas e população, economia e atuação dos governos.

O processo de descarbonização dos meios de transporte, que visa a diminuição da pegada de carbono tanto na produção quanto no uso destes veículos, exige um alto investimento em diversas etapas:

Para as montadoras, atribui-se a responsabilidade da pesquisa e desenvolvimento de veículos eficientes e de baixo impacto, o que requer, em muitos casos, a remodelagem do processo fabril e emprego de diferentes fontes de matéria prima e energia.

Além disso, veículos especiais como caminhão dos bombeiros, da coleta de lixo e demais necessidades precisarão passar por uma compatibilização de mecanismos. A CPFL, que precisa de caminhões com cesto aéreo para instalações e reparos, já iniciou parceria com montadoras para desenvolver uma solução personalizada.

No âmbito público, a necessidade de uma infraestrutura que atenda as demandas deste novo tipo de frota envolve ampliação de subsídios e planejamento urbanístico que contenha centros de geração de energia limpa, pontos de abastecimento, além da implantação de rede elétrica para comportar os ônibus elétricos.

É também responsabilidade dos municípios, estados e nações incentivar, através de políticas cada vez mais duras, a redução da emissão de gases. No Brasil, a promessa é de que até 2030, 40% das emissões sejam cortadas.

A adoção do público aos veículos elétricos tende a ser orgânica e, segundo os estudos apresentados pelo instituto de pesquisa BloombergNEF a pedido do site Transport & Environment, o maior incentivo será o barateamento da tecnologia – é previsto que, na Europa, até 2027 o custo de um veículo elétrico seja igual ao de um modelo à combustão, podendo até mesmo se tornar mais barato futuramente.

As previsões mostram que estamos no caminho certo: o alto investimento trará um alto retorno econômico, social e ambiental.